BEM-VINDOS APAIXONADOS POR HISTÓRIA!

Este Blog é um veículo para informação, debates, opniões e principalmente para incentivo àqueles que não tem nenhuma formação na área mas deixam transbordar sua paixão por História, seja ela Clássica, Medieval, Bíblica /ou Religiosa, Mitológica, Pré-Colombiana, Pré-Histórica, Bélica e até mesmo de Civilizações Perdidas...


Bem meu caro(a)... seja mais uma vez bem-vindo... pegue seu "chapéu" Fedora, prepare seu alforje e não esqueça seu Chicote "StockWhip"... a aventura começa aqui mesmo!


Ricardo A. Gomes



Amigos, confiram aqui uma HQ estilosa e brasileira com o famoso explorador Coronel Fawcett:

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Danilo Gandin e o Papel da Escola na Formação do Aluno

 

danilo

 

O Especialista em Planejamento Educacional condena o livro didático e diz que alunos devem escolher o que querem estudar. (matéria da coluna “cidades” do jornal “A Tribuna”, por Anna Beatriz Brito)

DANILO GANDIN diz que o professor está perdendo espaço, respeito e dignidade na sala de aula. “ – Os alunos resolvem fazer o que querem porque a escola está perdida!”

As escolas não cumprem o papel de educar eu estão presas a uma grade curricular que não forma cidadãos. Esta é a avaliação do mestre em Planejamento Educacional Danio Gandin.

Para ele, a escola não oferece espaço para discussões sobre o que acontece no dia a dia de crianças e jovens.

No no dia 29 de Agosto deste ano, Gandin, que é o do Rio Grande do Sul, esteve presente em uma palestra realizada em Aracruz, o “Congresso Conhecer”.

O que se segue são trechos de sua entrevista concedida à repórter do Jornal A Tribuna:

 

A TRIBUNA – As escolas cumprem seu papel de educar?

DANILO GANDIN – Não. O Problema é que as escolas não educam e não formam cidadãos. Elas estão muito presas a algumas matérias e se esquecem de todo o resto. Se você perguntar de Norte a Sul do País o que deve ser passado na 5a. série na disciplina de HISTÓRIA, todo professor vai dar a mesma resposta e isso empobrece o currículo.

A escola está muito pobre, dá importância a Matemática, Português, Química, Física, mas não tem nada de economia, política e direito. Hoje um jornal é mais instrutivo do que uma escola. 

A TRIBUNA – Qual o reflexo na educação dos alunos?

DANILO GANDIN – As escolas estão muito pobres e desligadas do cotidiano dos alunos. O estudante é capaz de saber como a célula se divide, mas não é capaz de pensar como cidadão, como uma pessoa culta dentro da sociedade.

A TRIBUNA – E como está a relação aluno-professor, na sua opinião?

DANILO GANDIN – Está trágica. Alunos não estão mais distinguindo seu papel com o dos professores. em muitos lugares, desrespeitam e batem nos professor, isso porque a escola está perdida e não sabe o que fazer. Dessa forma, os alunos resolvem fazer o que querem.

O Professor está perdendo seu espaço, respeito e dignidade na sala de aula.

A TRIBUNA – O senhor acredita que deveriam ser estimuladas mais aulas “práticas”?

DANILO GANDIN – Sim, o melhor é tirar ao máximo os alunos de sala de aula, para realizarem exercícios do que vão ver mais tarde, fazendo projetos e visitas às famílias.

A TRIBUNA – O senhor acredita que os livros didáticos são suficientes para a formação dos alunos?

DANILO GANDIN – Não, de modo algum. Se fosse ministro da Educação, a primeira coisa que faria seria acabar com o livro didático. A escola deveria ter acesso a jornais, revistas, filmes, rádio, televisão, internet que têm muito mais informações interessantes.

A TRIBUNA – O senhor acha que seria suficiente substituir o livro didático pelas informações da mídia?

DANILO GANDIN – Claro, o que o livro didático está informando hoje em dia? As coisas que nós, adultos, sabemos, não. São coisas especializadas, quando nós precisamos de conhecimento mais genérico sobrea realidade. Temos de discutir e aprender sobre o planeta, água, eleição, classe sociais, salário mínimo. Não quero que uma escola seja política, mas informadora e sobretudo debatedora das informações.

A TRIBUNA – Como seria a educação no ensino médio?

DANILO GANDIN – Acho que o aluno poderia estudar aquilo que lhe agradasse mais. No ensino fundamental,  o aluno precisa de  conhecimento mais geral. Já no ensino médio, o estudante poderia escolher cinco temas para se aprofundar. Como o conhecimento hoje em dia é muito vasto, cada um de nós aproveita aquilo que lhe diz alguma coisa. A escola deveria ser um lugar aberto, cheio de conhecimento e não um lugar para bitolar as pessoas, como acontece hoje.

A TRIBUNA – Qual o modelo que o senhor consideraria ideal para o vestibular?

DANILO GANDIN – Neste momento, o vestibular deveria ser feito por sorteio. Acredito que nao existe outro meio para salvar o ensino médio, porque o vestibular que determina como ele será. A melhor alternativa seria que as faculdades fizessem exames vocacionais para escolher os alunos com mais aptidão, mas como a sociedade não aceitaria, o melhor agora é o sorteio.

A TRIBUNA – O senhor avalia que os professores não precisariam mais ter “formação específica”?

DANILO GANDIN – Sim, não precisariam mais e nem deveriam. Nâo se deveria mais formar professor com especialização, mas que ajudasse uma turma de alunos a compreender e discutir essa sociedade. É uma volta no currículo, que se confirmou no seculo 19 mas não serve mais nos dias de hoje.

 

domingo, 20 de junho de 2010

O adeus a José Saramago, Alpino via Yahoo! Colunistas

"Mesmo se dizendo ateu, morte de escritor português foi lamentada por líderes religiosos de todo o mundo."

Clique no título para visualizar a Charge no Yahoo!

sábado, 19 de junho de 2010

Metodologia Científica de Pesquisa e os "Narradores de Javé" (Brasil, 2003)

por Ricardo A. Gomes


"Saudações Historiadores"...!

O PAPEL DO HISTORIADOR NA CONSTRUÇÃO DA NARRATIVA


Como se pressupõe, toda pesquisa dita "Científica", detém, como característica primordial, a observância de três aspectos que asseguram sua veracidade e importância, sendo estes a Globalidade, a Radicalidade e o Rigor.
Além destes requisitos, sabemos também que a pesquisa científica seja no campo histórico, ou em outra disciplina, se vale de uma série de "ferramentas" que contribuem na elaboração do projeto objetivado.
Mas a grande problemática se dá quando nos damos conta da "autenticidade" da fonte usada para o estudo do objeto de estudo seja, digamos assim, "questionável". Isso se dá quando essa dita "Fonte" seja passível de mudanças, uma vez que ela não é material, física, mas proveniente do legado cultural de um lugar.
Em particular, a "Fonte Oral" é muito utilizada em pesquisas de Ciências Sociais, entretanto, sua aplicação é válida, para o historiador, em determinado ponto do projeto onde não é possível obter dados, os quais não podem ser encontrados em registros e fontes documentais, mas sim, por certas pessoas.
A "Entrevista" deve seguir critérios para uma satisfatória coleta de dados que sejam relevantes com o objeto de pesquisa. Estes critérios incluem planejamento, conhecimento prévio do entrevistado, compromisso com o agendamento da entrevista e é claro, dependendo do aspecto a ser levantado dentro da pesquisa, a quantificação do número de entrevistados irá variar de acordo com sua relevância.
Ora, e o que temos no filme de Eliane Café, “Os Narradores de Javé” (Brasil, 2003)?
O filme em particular, chama a atenção dentro de seu enredo, mesmo que informalmente, a “Figura” do historiador e/ou pesquisador em ação. Considera-se “informal”, uma vez que a personagem caracterizada e interpretada pelo ator brasileiro José Dumont é um indivíduo que dentro do contexto da trama é único dotado da prática de redação (apesar de estruturada de forma irregular, aproveitando-se de nomes e termos, ora estrangeiros, ora coloquiais, não deixa ser no mínimo particular e curiosa) entre os outros que “gravitam” ao redor dele.
Em sumo, a personagem conhecida como “Antônio Biá” (José Dumont) assume a tarefa de transpor a Tradição Oral para a escrita, e é justamente esse fato, que servirá de exemplo para algumas precauções e devida manutenção da postura científica do Pesquisador/Historiador.
Vários elementos na trama respaldam-se no cotidiano do profissional que se propõem a elaborar uma pesquisa, ou se encontra em determinado estágio dela.
Verifica-se em determinada cena, a personagem “Antônio Biá” conduzindo uma entrevista (esta em particular é muito interessante ) com dois senhores, identificados na trama, como antigos moradores do vilarejo, que além do testemunho e narração de fatos ocorridos que mantém laços hereditários com os fundadores do local, enriquecem muito mais a pesquisa, ao apresentarem documentação, inventários e fotos. Ao contrário do historiador, o “ilustríssimo” e “culto” Sr. Antônio Biá ignora tais fontes e não consegue conduzir para uma linha evolutiva a narrativa, acarretando em “surtos” de informações paralelas, que mesmo o espectador mais atento, também se rende à tentativa frustrada de construir um momento histórico.
Em outra oportunidade, “nosso pesquisador honorário” se vê diante de uma riqueza de fontes, que, de “tão rica” (aqui explicitada como variada e multifacetada) chega a confundir à ele e ao espectador. Biá chega a uma breve conclusão de que “seria melhor juntar as versões”, de forma que apesar serem diferentes conservam alguns elementos que, por assim dizer, “batem”.
O Historiador que preserva sua postura cientifica teria o bom senso de, sim, atentar à narrativa de seus entrevistados, porém, não de forma tão súbita como Antônio Biá, mas ponderada no aspecto que mesmo a personagem que conduzia a entrevista, também observou, que foi as “similaridades” dos depoimentos.
Ora, nesse caso, cabe ao Historiador, não subverter a História, mas filtrá-la de tal forma, que lhe possibilite, não encerrá-la de imediato, mas, preservar o material “original” e “não contraditório” que lhe abrirá as “portas para uma outra linha de condução da investigação”.
Quais elementos, no filme, tiveram a devida ilustração? Antônio Biá teve acesso a Fontes Orais, Sítios Arqueológicos, Documentação Histórica e também Relíquias pertencentes aos fundadores.
A trama nos mostra um Mito Fundador que precisa ser transcrito para uma documentação definitiva... Porém, nosso “herói”, entendeu, mesmo em sua, vamos dizer, “limitação intelectual”, que nenhum dos envolvidos realmente estava comprometido em contribuir para o registro histórico, mas para fazer “parte” da história ao seu modo!
Por fim, Biá é notado pelo espectador já no término do filme, realizando de uma forma por assim dizer, “pura”, a nova história daquele vilarejo... Que precisa começar de novo.
É a história de fato acontecendo! O que não houve registros nos primórdios, pode até não ser resgatado, entretanto, pela primeira vez, no fictício vilarejo de “Javé”, um historiador tem, finalmente, a oportunidade de registrar os momentos cruciais de um povo.
E voltando novamente ao papel do historiador, basta que ele, a princípio, saiba discernir cientificamente o que é “fato” e o que é “Boato”.
Não é o fundamental, mas é justamente a essência da personagem de José Dumont, “Antônio Biá”, que precisa estar “fundamentada” na mente e no coração do profissional. A cena em que vemos Biá, ao longe, assistindo “o subir das águas”, num choro contido e sofrido, comove, porque remete ao primeiro sentimento que me vem à mente, no que se refere à atitude de um historiador.
A história não é feita apenas de fatos “bonitos”, “épicos” e “grandiosos”.
Não. Por isso, o Historiador deve se desfazer de todo preconceito, toda informalidade que não lhe é permitida, mas sim, como “Antônio Biá”, mesmo que “em um choro contido”, assegurar que a realidade dos fatos contribua com o futuro de seu povo, de sua gente.
Isto sim é fazer com que a História seja preservada, para que os que vierem depois de nós, a conheçam, aprendam e evoluam... Isto sim é o papel do Historiador.
Um compromisso que beneficiará a toda uma nação... pelos tempos que virão.
"Narradores de Javé", Ricardo Gomes recomenda!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Escola da Ciência, Biologia e História muda horário de funcionamento



Saudações "Historiadores"...
Atenção para a notícia abaixo pois se trata de informação sobre funcionamento de uma das mais novas opções de "Lazer" para quem curte História:


"O motivo da mudança é a pouca procura pelo espaço aos domingos.
A Escola da Ciência, Biologia e História (ECBH), que funciona nas dependências do Sambão do Povo, alterou os dias e horários de funcionamento.

A partir deste domingo (10), o espaço educativo não-formal encerra suas atividades nestes dias e passa a abrir, normalmente, de segunda a sábado, de 8 às 12 horas e de 14 às 18 horas.
O motivo da mudança é a pouca procura pelo espaço aos domingos, já que a escola fica situada em uma região da cidade onde a circulação de pessoas é pequena nesse dia.

"Considerando que, em 2007, a média era de 17 visitantes por domingo e, no ano passado, esse número caiu para 11, optamos pela mudança na expectativa, inclusive, de elevar o número de atendimentos anuais, uma vez que o oferecimento de nosso serviço às segundas-feiras, certamente, terá uma média de público bem maior", informou a coordenadora da escola, Raquel Felix Conti.

Raquel informou, ainda, que o espaço também não funcionará em determinados sábados até o final do ano, em decorrência do "Quilômetro de Arrancada" - prova automobilística promovida pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer.

Este mês, a ECBH não abre no sábado (16). A população pode obter mais informações e agendar visita pelos telefones 3332-1612 e 3381-6994. Até o momento, o calendário fornecido pela referida Secretaria de Esportes e Lazer para a realização dos treinos e que implica no fechamento da escola em determinados sábados é o seguinte: Maio, 16; Junho, 6; Julho, 4; Agosto; 1º; Setembro, 5; Outubro, 3; e Novembro, 7."

Fica aí a dica!

Em breve postarei sobre as Guerras de Tróia e a Odisséia (Os Poemas de Homero), e em seguida... as "Guerras Médicas"! Até mais...

sábado, 27 de março de 2010

Charlton Heston: O "Verdadeiro" Indiana Jones???



Saudações, "Historiadores"...

Como mencionei no POST anterior, vamos abordar um pouco sobre as Guerras Médicas (Marathona e Salamina - Pérsia versus Grécia) e do Peloponeso (Esparta versus Atenas).

Mas notei que seria interessante passarmos sobre os Poemas Homéricos (Ilíada e Odisséia).

Então, o próximo POST será sobre a Guerra de Tróia (Sem o "Carnavalesco" Brad Pitt & CIA) e Retorno do Herói Ulisses (ou Odisseu) para o seu Reino em Ítaca.

OK... Mas não foi somente para isso que aproveitei para "abastecer" o BLOG não...

Caros amigos... Vocês, Fãs de História... Posso estar enganado (ou nem tanto), mas "atire a primeira pedra" aquele que não tenha acompanhado nem por míseros "10 minutos" de filme, as aventuras do Arqueólogo mais famoso do cinema... Sim senhor... estamos falando dele mesmo...

Professor Henry Jones Jr... Ou somente Dr. Jones... Mais precisamente... INDYANA JONES!


Pois é... História do Cinema também é história, oras! (rsrsrsss!)

Exatamente há 29 anos, Steven Spielberg (diretor) e George Lucas (Roteiro Original com colaboração de Laurence Kasdan e com adaptação para o filme por Philip Kauffman) entregavam para uma geração viciada em chiclé "Ploc", Sítio do Pica-pau Amarelo, Spectreman, Sessão da Tarde, PIPOCA GURI, Atari, entre outros, o herói definitivo que todos amavámos (e ainda hoje amamos) e torcíamos (... a gente "ainda" torce por mais filmes) em cada aventura...

Eu não sei vocês, mas "Indy" foi quem "apresentou-me" às lendas, civilizações antigas e ao "mistérios" ocultos na exploração em busca do conhecimento...

Esse herói deixava bem explícito que toda expedição em que se metia, a descoberta deveria ser levada à conhecimento de todos. Esse sentimento foi quem despertou em um garoto de 07 anos (época em que "tive contato" pela 1ª vez com Indyana Jones) a paixão por livros de história.


Puxa... Eu me lembro que eu devorava o máximo que podia sobre os mais diversos assuntos...

Como essa geração foi feliz... Se as ilustrações não fossem o bastantes para que "viajássemos" em grandes aventuras, a "Sessão da Tarde" (uma das poucas coisas boas que tinha na Rede "BOBO", quer dizer, GLOBO, pois hoje em dia, eu exclui do "zapping" do controle esse canal) nos presenteava com, "Fúria de Titans", "Jasão e o Velocino de Ouro", "Simbad e o Olho do Tigre", "Atlântida - O continente Perdido", "Indyana Jones", e por aí vai...

Puxa... Bons tempos...

Mas... Com certeza, o melhor sempre está por vir...

Então....
O negócio é o seguinte... Todo mundo já sabe de "cor e salteado" toda a mitologia e as aventuras em que se envolveu Indyana Jones.


Todo mundo sabe que ele foi inspirado (Segundo o próprio George Lucas) nos antigos filmes da Republic Films (Os Estúdios da Republic produziram em meados da década de ´50 vários Seriados e filmes sobre heróis de quadrinhos e aventureiros à la "Indy", porém na década de ´60 ela fechou e seu acervo foi adquirido pela NTA, que foi adquirida pela CBS, que mais tarde foi comprada pela Paramount... UFA!), enfatizando que o herói até então era um "reflexo" de heróis mais caricatos.

"WRONG, Mr. Lucas & Spielberg"

"VEEEERY WRONG!!!"


"Raiders of the lost Ark" foi lançado nos E.U.A em 1981, certo?
Voltemos no tempo exatamente a partir de ´81, há 27 anos atrás...

A Paramount produziu um ótimo filme sobre 02 aventureiros rivais (Belloq e Indy???), Russos (Não seria os "Nazis"???), relíquias antigas (Não seria a Arca da Aliança???), armadilhas (Alguém viu a câmara do templo Inca com o ídolo da Fertilidade???), câmaras secretas (Seria o Poço das Almas???)... "Indiana Jones"... ???
Respondendo a todas estas "questões"... Não MESMO...!!!!!!!
Se em 1981 tínhamos Harrison Ford ostentando o seu Fedora e sua jaqueta de couro "surrada", em 1954 tínhamos CHARLTON HESTON ostentando o seu próprio Fedora e sua própria jaqueta "surrada"...

O que, Quando, e Como????

É verdade, houve um aventureiro caçador de tesouros anterior ao Indy, parecido com o Indy, agindo como o Indy, mas as semelhanças que citei param por aí mesmo.

A grande descoberta não é verificar se realmente trata-se de um plágio... não, não!

Primeiramente, mencionei que a produtora que realizou este filme foi a Paramount, a mesma de "Caçadores da Arca Perdida" (Raiders of The Lost Ark - 1981). Assim sendo, é perfeitamente crível de se tratar de um "remake", apesar dos elementos e lugares serem diferentes (é claro!), entretanto, o grande detalhe é que o Sr. Spielberg e o "dignissímo" "pai da cria", Sr. George Lucas, NUUNNNCAAA mencionaram tal película em momento algum...

Os últimos Box´s da coleção do Indyana Jones vem recheados de Depoimentos... vai lá ver se tem algo do tipo...

"... Então, Steve (Spielberg) e Eu (Lucas) remontamos vários elementos da séries de matinee da Republic Films, e, é claro, nossa referência foi o filme de 1954 com Charlton Heston "The Secret of Incas" de Jerry Hooper (diretor)..."



Bom... isso não é motivo para polêmica pois como mencionei acima... é um SR. Achado!!!

Neste final de semana eu assisti a produção...

Segue o enredo da trama :


"No Peru há uma lenda que diz que o império inca foi destruído pelos deuses, quando há séculos atrás um disco de ouro incrustado com várias pedras preciosas foi roubado do Templo do Sol, e que a antiga civilização renascerá quando o tesouro reaparecer.

Os nativos querem isto, mas Harry Steele (Charlton Heston), um aventureiro americano que às vezes trapaceia para obter o que deseja, quer o disco para seu "uso pessoal". O rival dele, Ed Morgan (Thomas Mitchell), um homem velho, está até disposto a matar. Paralelamente chega ao país Emma Antonescu (Nicole Maurey, lindíssima), uma romena que não tem documentos e quer tentar chegar aos Estados Unidos, pois teme voltar ao seu país.

Anton Marcu (Leon Askin) chegou ao Peru em um pequeno avião particular, para tentar levá-la de volta. Sabendo do avião, Harry e Emma o roubam, mas ela queria ir para o México, pois de lá seria fácil chegar aos Estados Unidos. Harry alega que se fizerem o trajeto lógico para quem tem 8 horas de combustível estarão esperando por ele, assim vai para as ruínas de Machu Pichu, onde possivelmente está o disco de ouro.

Entretanto existem outras pessoas no local, inclusive Stanley Moorehead (Robert Young), um arqueólogo americano que logo se apaixona por Emma e a pede em casamento.

Isto para ela seria o ideal, pois entraria nos Estados Unidos como esposa de Stanley, mas há um problema: ela está totalmente apaixonada por Harry."


O que eu posso dizer para vocês sem estragar a expectativa de quem não viu esse filme, é que ele... é o máximo!

Apesar de ser "datado", o filme funciona perfeitamente, (oras, a série do Indy também), uma vez que todos os elementos clássicos estão ali... O herói, A mocinha, Os vilões estrangeiros, O "Mcguffin", A aventura...

Com certeza, o único demérito do filme seja a questão das cenas de ação e efeitos especiais, mas tudo isso é compensado por vários detalhes:

  1. O filme foi em boa parte, rodado na cidade de Machu Pichu. Pois é... A produção "deitou e rolou" nas ruínas da cidade, algo bem parecido com que anos mais tarde Kevin Costner faria em "RAPA NUI" na Ilha de Páscoa;
  2. A outra parte em CUZCO, ou seja, a fotografia do filme (e não estou usando a questão da "fotografia" para elevar a moral do filme... o detalhe técnico é surpreendente) tem tomadas de tirar o fôlego do Vale Sagrado (Para quem reconhecer é claro... as pistas estão todas lá!) e, como era de praxe na época, as cenas de estúdio não "arranham" nem um pouco o propósito do filme, uma vez que que é difícil não se encantar com a riqueza de detalhes nos cenários. Tudo num bom gosto que não se vê mais...
  3. Falando em Cenários, preste atenção, pois você irá identificar 03 cenas que correspondem a 03 momentos da Cinesérie Indyana Jones: A cena da fogueira no acampamento e o famoso bote amarelo (em o Templo da Perdição, Spielberg também lança mão dos mesmos recursos), a cena onde Harry Steele (Charlton Heston) com ajuda de "raios refletidos em peças arqueológicas" encontra o StarDust, o tal disco de ouro (alguém lembra de Harrison Ford e a maquete da cidade de Tânis??), e finalmente, a cena em que Harry Steele e Emma (Nicole Maurey... impossível não se apaixonar por ela...) fogem em um avião da polícia Peruana (A última Cruzada, sem a polícia peruana é claro!)
  4. PÔ... falando francamente... tem o CHARLTON HESTON... O cara foi nada mais, nada menos, que o BEN-HUR e MOISÉS no cinema... precisa falar mais???

O bacana de se assistir "O Segredo dos Incas" é conhecer o próprio Harry Steele... Um Indyana Jones cínico (Rsrsrss... essa vai para você André Luz...), mercenário, sarcástico e ao mesmo tempo durão, frio (mas nem tanto... lembra da Nicole? Então...) e, é claro, se amarra em história, desde que no final, ele saia lucrando com isso.

É difícil assistir e não ficar a todo momento comparando Harry com Indy. Mas podem ter certeza... vocês vão ficar espantados com as semelhanças...

Enfim, é o tipo de filme "Sessão da Tarde" de antigamente (e olha que não é demérito não, viu...!)

No final, tem-se a impressão de ter assistido a um "Préquel" de Indyana Jones, tamanha a preocupação com detalhes históricos, interpretações (Nicole Maury é de uma sensualidade misturada com aflição que torna-se impossível tirar os olhos dela) e a produção (caprichada para os padrões da época), mas fica um certo ar de nostalgia, principalmente sobre os rumos que a produção tomou...

O quero dizer que, quando o filme acaba, o que fica na lembrança do espectador são os monumentos da cidade revelados pelo luar em Macchu Picchu, no entanto, o instigante e astuto Harry Steele, com seu chapéu Fedora, sua velha jaqueta, tentando imprimir uma força inabalável ante os que o rodeiam (até mesmo saindo de uma situação e outra, como nas cenas do Hotel da cidade, onde existe uma alternância grande de "humores" entre as personagens, é no mínimo curioso acompanhar Harry Steele e seus "Hola, como que estás!"), mesmo assim, deixa transparecer uma angústia sobre o que realmente ele está buscando, se é sua identidade ou seu futuro.

Com todo o respeito, Harrison Ford... sou fã do Indyana Jones, sou mesmo... Mas o que Charlton Heston "emprestou" ao Harry Steele, é muito mais "estridente" que o o chicote StockWhip de tantas aventuras de Indy...

E digo mais... Indyana Jones finalmente encontrou um rival à sua altura (Vai de "retro" Lara Croft, Alan Quartemain, Jack Hunter e tantos outros...)!

E para finalizar... Quando o filme acaba, Macchu Picchu fica registrada na memória do espectador... já o esguio caçador de tesouros, com sua fala ríspida e olhar triste, no entanto, fala mais com a alma.

"O Segredo dos Incas"... Ricardo Gomes recomenda...

Boa Aventura!

terça-feira, 23 de março de 2010

COLEÇÃO CANAÃ

Saudações "Historiadores"...

Em breve aqui no BLOG, vou estar postando sobre mitologia e história em páginas separadas para ficar mais disposto e organizado, facilitando a leitura para vocês, ok?!

Em tempo: O colega de Faculdade, Felipe (Boa irmão!!!), deu uma dica sobre documentos (documentos mesmo, não é "textinho" não!) históricos que vão desde:


- OS CAPIXABAS HOLANDESES

- HISTÓRIA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

- VIAGEM DE D. PEDRO II AO ESPÍRITO SANTO

- COLÔNIAS IMPERIAIS NA TERRA DO CAFÉ

- VIAGEM À PROVÍNCIA DO ESPÍRITO SANTO

- DONATÁRIOS, COLONOS, ÍNDIOS E JESUÍTAS
(O início da colonozação do Espírito Santo)

- CATÁLOGO DE DOCUMENTOS MANUSCRITOS AVULSOS
DA CAPITANIA DOS PORTOS

- (Imperdível!!!) O NOVO ARRABALDE DE 1896

- O CÔNSUL REAL CARLO NAGAR EM VITÓRIA

- E MUITO MAIS...

Aproveitem! Segue o endereço abaixo! Até...


www.ape.es.gov.br/publicacoes.htm

domingo, 21 de março de 2010

Utilidade Pública prestes a acabar por desuso...

Saudações "Historiadores"...!

Uma bela biblioteca digital, desenvolvida em software livre, mas que está prestes a ser desativada por falta de acessos. Imaginem um lugar onde você pode gratuitamente:

Ver as grandes pinturas de Leonardo Da Vinci ;

Escutar músicas em MP3 de alta qualidade;

Ler obras de Machado de Assis Ou a Divina Comédia;

Ter acesso às melhores historinhas infantis e vídeos da TV ESCOLA
e muito mais....

Esse lugar existe!


O Ministério da Educação disponibiliza tudo isso,basta acessar o site: www.dominiopublico.gov.br


Estamos em vias de perder tudo isso, pois vão desativar o projeto por desuso, já que o número de acesso é muito pequeno. Vamos tentar reverter esta situação, divulgando e incentivando amigos, parentes e conhecidos, a utilizarem essa fantástica ferramenta de disseminação da cultura e do gosto pela leitura.

Divulguem para o máximo de pessoas!