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Ricardo A. Gomes



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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Danilo Gandin e o Papel da Escola na Formação do Aluno

 

danilo

 

O Especialista em Planejamento Educacional condena o livro didático e diz que alunos devem escolher o que querem estudar. (matéria da coluna “cidades” do jornal “A Tribuna”, por Anna Beatriz Brito)

DANILO GANDIN diz que o professor está perdendo espaço, respeito e dignidade na sala de aula. “ – Os alunos resolvem fazer o que querem porque a escola está perdida!”

As escolas não cumprem o papel de educar eu estão presas a uma grade curricular que não forma cidadãos. Esta é a avaliação do mestre em Planejamento Educacional Danio Gandin.

Para ele, a escola não oferece espaço para discussões sobre o que acontece no dia a dia de crianças e jovens.

No no dia 29 de Agosto deste ano, Gandin, que é o do Rio Grande do Sul, esteve presente em uma palestra realizada em Aracruz, o “Congresso Conhecer”.

O que se segue são trechos de sua entrevista concedida à repórter do Jornal A Tribuna:

 

A TRIBUNA – As escolas cumprem seu papel de educar?

DANILO GANDIN – Não. O Problema é que as escolas não educam e não formam cidadãos. Elas estão muito presas a algumas matérias e se esquecem de todo o resto. Se você perguntar de Norte a Sul do País o que deve ser passado na 5a. série na disciplina de HISTÓRIA, todo professor vai dar a mesma resposta e isso empobrece o currículo.

A escola está muito pobre, dá importância a Matemática, Português, Química, Física, mas não tem nada de economia, política e direito. Hoje um jornal é mais instrutivo do que uma escola. 

A TRIBUNA – Qual o reflexo na educação dos alunos?

DANILO GANDIN – As escolas estão muito pobres e desligadas do cotidiano dos alunos. O estudante é capaz de saber como a célula se divide, mas não é capaz de pensar como cidadão, como uma pessoa culta dentro da sociedade.

A TRIBUNA – E como está a relação aluno-professor, na sua opinião?

DANILO GANDIN – Está trágica. Alunos não estão mais distinguindo seu papel com o dos professores. em muitos lugares, desrespeitam e batem nos professor, isso porque a escola está perdida e não sabe o que fazer. Dessa forma, os alunos resolvem fazer o que querem.

O Professor está perdendo seu espaço, respeito e dignidade na sala de aula.

A TRIBUNA – O senhor acredita que deveriam ser estimuladas mais aulas “práticas”?

DANILO GANDIN – Sim, o melhor é tirar ao máximo os alunos de sala de aula, para realizarem exercícios do que vão ver mais tarde, fazendo projetos e visitas às famílias.

A TRIBUNA – O senhor acredita que os livros didáticos são suficientes para a formação dos alunos?

DANILO GANDIN – Não, de modo algum. Se fosse ministro da Educação, a primeira coisa que faria seria acabar com o livro didático. A escola deveria ter acesso a jornais, revistas, filmes, rádio, televisão, internet que têm muito mais informações interessantes.

A TRIBUNA – O senhor acha que seria suficiente substituir o livro didático pelas informações da mídia?

DANILO GANDIN – Claro, o que o livro didático está informando hoje em dia? As coisas que nós, adultos, sabemos, não. São coisas especializadas, quando nós precisamos de conhecimento mais genérico sobrea realidade. Temos de discutir e aprender sobre o planeta, água, eleição, classe sociais, salário mínimo. Não quero que uma escola seja política, mas informadora e sobretudo debatedora das informações.

A TRIBUNA – Como seria a educação no ensino médio?

DANILO GANDIN – Acho que o aluno poderia estudar aquilo que lhe agradasse mais. No ensino fundamental,  o aluno precisa de  conhecimento mais geral. Já no ensino médio, o estudante poderia escolher cinco temas para se aprofundar. Como o conhecimento hoje em dia é muito vasto, cada um de nós aproveita aquilo que lhe diz alguma coisa. A escola deveria ser um lugar aberto, cheio de conhecimento e não um lugar para bitolar as pessoas, como acontece hoje.

A TRIBUNA – Qual o modelo que o senhor consideraria ideal para o vestibular?

DANILO GANDIN – Neste momento, o vestibular deveria ser feito por sorteio. Acredito que nao existe outro meio para salvar o ensino médio, porque o vestibular que determina como ele será. A melhor alternativa seria que as faculdades fizessem exames vocacionais para escolher os alunos com mais aptidão, mas como a sociedade não aceitaria, o melhor agora é o sorteio.

A TRIBUNA – O senhor avalia que os professores não precisariam mais ter “formação específica”?

DANILO GANDIN – Sim, não precisariam mais e nem deveriam. Nâo se deveria mais formar professor com especialização, mas que ajudasse uma turma de alunos a compreender e discutir essa sociedade. É uma volta no currículo, que se confirmou no seculo 19 mas não serve mais nos dias de hoje.

 

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