BEM-VINDOS APAIXONADOS POR HISTÓRIA!

Este Blog é um veículo para informação, debates, opniões e principalmente para incentivo àqueles que não tem nenhuma formação na área mas deixam transbordar sua paixão por História, seja ela Clássica, Medieval, Bíblica /ou Religiosa, Mitológica, Pré-Colombiana, Pré-Histórica, Bélica e até mesmo de Civilizações Perdidas...


Bem meu caro(a)... seja mais uma vez bem-vindo... pegue seu "chapéu" Fedora, prepare seu alforje e não esqueça seu Chicote "StockWhip"... a aventura começa aqui mesmo!


Ricardo A. Gomes



Amigos, confiram aqui uma HQ estilosa e brasileira com o famoso explorador Coronel Fawcett:

sábado, 27 de março de 2010

Charlton Heston: O "Verdadeiro" Indiana Jones???



Saudações, "Historiadores"...

Como mencionei no POST anterior, vamos abordar um pouco sobre as Guerras Médicas (Marathona e Salamina - Pérsia versus Grécia) e do Peloponeso (Esparta versus Atenas).

Mas notei que seria interessante passarmos sobre os Poemas Homéricos (Ilíada e Odisséia).

Então, o próximo POST será sobre a Guerra de Tróia (Sem o "Carnavalesco" Brad Pitt & CIA) e Retorno do Herói Ulisses (ou Odisseu) para o seu Reino em Ítaca.

OK... Mas não foi somente para isso que aproveitei para "abastecer" o BLOG não...

Caros amigos... Vocês, Fãs de História... Posso estar enganado (ou nem tanto), mas "atire a primeira pedra" aquele que não tenha acompanhado nem por míseros "10 minutos" de filme, as aventuras do Arqueólogo mais famoso do cinema... Sim senhor... estamos falando dele mesmo...

Professor Henry Jones Jr... Ou somente Dr. Jones... Mais precisamente... INDYANA JONES!


Pois é... História do Cinema também é história, oras! (rsrsrsss!)

Exatamente há 29 anos, Steven Spielberg (diretor) e George Lucas (Roteiro Original com colaboração de Laurence Kasdan e com adaptação para o filme por Philip Kauffman) entregavam para uma geração viciada em chiclé "Ploc", Sítio do Pica-pau Amarelo, Spectreman, Sessão da Tarde, PIPOCA GURI, Atari, entre outros, o herói definitivo que todos amavámos (e ainda hoje amamos) e torcíamos (... a gente "ainda" torce por mais filmes) em cada aventura...

Eu não sei vocês, mas "Indy" foi quem "apresentou-me" às lendas, civilizações antigas e ao "mistérios" ocultos na exploração em busca do conhecimento...

Esse herói deixava bem explícito que toda expedição em que se metia, a descoberta deveria ser levada à conhecimento de todos. Esse sentimento foi quem despertou em um garoto de 07 anos (época em que "tive contato" pela 1ª vez com Indyana Jones) a paixão por livros de história.


Puxa... Eu me lembro que eu devorava o máximo que podia sobre os mais diversos assuntos...

Como essa geração foi feliz... Se as ilustrações não fossem o bastantes para que "viajássemos" em grandes aventuras, a "Sessão da Tarde" (uma das poucas coisas boas que tinha na Rede "BOBO", quer dizer, GLOBO, pois hoje em dia, eu exclui do "zapping" do controle esse canal) nos presenteava com, "Fúria de Titans", "Jasão e o Velocino de Ouro", "Simbad e o Olho do Tigre", "Atlântida - O continente Perdido", "Indyana Jones", e por aí vai...

Puxa... Bons tempos...

Mas... Com certeza, o melhor sempre está por vir...

Então....
O negócio é o seguinte... Todo mundo já sabe de "cor e salteado" toda a mitologia e as aventuras em que se envolveu Indyana Jones.


Todo mundo sabe que ele foi inspirado (Segundo o próprio George Lucas) nos antigos filmes da Republic Films (Os Estúdios da Republic produziram em meados da década de ´50 vários Seriados e filmes sobre heróis de quadrinhos e aventureiros à la "Indy", porém na década de ´60 ela fechou e seu acervo foi adquirido pela NTA, que foi adquirida pela CBS, que mais tarde foi comprada pela Paramount... UFA!), enfatizando que o herói até então era um "reflexo" de heróis mais caricatos.

"WRONG, Mr. Lucas & Spielberg"

"VEEEERY WRONG!!!"


"Raiders of the lost Ark" foi lançado nos E.U.A em 1981, certo?
Voltemos no tempo exatamente a partir de ´81, há 27 anos atrás...

A Paramount produziu um ótimo filme sobre 02 aventureiros rivais (Belloq e Indy???), Russos (Não seria os "Nazis"???), relíquias antigas (Não seria a Arca da Aliança???), armadilhas (Alguém viu a câmara do templo Inca com o ídolo da Fertilidade???), câmaras secretas (Seria o Poço das Almas???)... "Indiana Jones"... ???
Respondendo a todas estas "questões"... Não MESMO...!!!!!!!
Se em 1981 tínhamos Harrison Ford ostentando o seu Fedora e sua jaqueta de couro "surrada", em 1954 tínhamos CHARLTON HESTON ostentando o seu próprio Fedora e sua própria jaqueta "surrada"...

O que, Quando, e Como????

É verdade, houve um aventureiro caçador de tesouros anterior ao Indy, parecido com o Indy, agindo como o Indy, mas as semelhanças que citei param por aí mesmo.

A grande descoberta não é verificar se realmente trata-se de um plágio... não, não!

Primeiramente, mencionei que a produtora que realizou este filme foi a Paramount, a mesma de "Caçadores da Arca Perdida" (Raiders of The Lost Ark - 1981). Assim sendo, é perfeitamente crível de se tratar de um "remake", apesar dos elementos e lugares serem diferentes (é claro!), entretanto, o grande detalhe é que o Sr. Spielberg e o "dignissímo" "pai da cria", Sr. George Lucas, NUUNNNCAAA mencionaram tal película em momento algum...

Os últimos Box´s da coleção do Indyana Jones vem recheados de Depoimentos... vai lá ver se tem algo do tipo...

"... Então, Steve (Spielberg) e Eu (Lucas) remontamos vários elementos da séries de matinee da Republic Films, e, é claro, nossa referência foi o filme de 1954 com Charlton Heston "The Secret of Incas" de Jerry Hooper (diretor)..."



Bom... isso não é motivo para polêmica pois como mencionei acima... é um SR. Achado!!!

Neste final de semana eu assisti a produção...

Segue o enredo da trama :


"No Peru há uma lenda que diz que o império inca foi destruído pelos deuses, quando há séculos atrás um disco de ouro incrustado com várias pedras preciosas foi roubado do Templo do Sol, e que a antiga civilização renascerá quando o tesouro reaparecer.

Os nativos querem isto, mas Harry Steele (Charlton Heston), um aventureiro americano que às vezes trapaceia para obter o que deseja, quer o disco para seu "uso pessoal". O rival dele, Ed Morgan (Thomas Mitchell), um homem velho, está até disposto a matar. Paralelamente chega ao país Emma Antonescu (Nicole Maurey, lindíssima), uma romena que não tem documentos e quer tentar chegar aos Estados Unidos, pois teme voltar ao seu país.

Anton Marcu (Leon Askin) chegou ao Peru em um pequeno avião particular, para tentar levá-la de volta. Sabendo do avião, Harry e Emma o roubam, mas ela queria ir para o México, pois de lá seria fácil chegar aos Estados Unidos. Harry alega que se fizerem o trajeto lógico para quem tem 8 horas de combustível estarão esperando por ele, assim vai para as ruínas de Machu Pichu, onde possivelmente está o disco de ouro.

Entretanto existem outras pessoas no local, inclusive Stanley Moorehead (Robert Young), um arqueólogo americano que logo se apaixona por Emma e a pede em casamento.

Isto para ela seria o ideal, pois entraria nos Estados Unidos como esposa de Stanley, mas há um problema: ela está totalmente apaixonada por Harry."


O que eu posso dizer para vocês sem estragar a expectativa de quem não viu esse filme, é que ele... é o máximo!

Apesar de ser "datado", o filme funciona perfeitamente, (oras, a série do Indy também), uma vez que todos os elementos clássicos estão ali... O herói, A mocinha, Os vilões estrangeiros, O "Mcguffin", A aventura...

Com certeza, o único demérito do filme seja a questão das cenas de ação e efeitos especiais, mas tudo isso é compensado por vários detalhes:

  1. O filme foi em boa parte, rodado na cidade de Machu Pichu. Pois é... A produção "deitou e rolou" nas ruínas da cidade, algo bem parecido com que anos mais tarde Kevin Costner faria em "RAPA NUI" na Ilha de Páscoa;
  2. A outra parte em CUZCO, ou seja, a fotografia do filme (e não estou usando a questão da "fotografia" para elevar a moral do filme... o detalhe técnico é surpreendente) tem tomadas de tirar o fôlego do Vale Sagrado (Para quem reconhecer é claro... as pistas estão todas lá!) e, como era de praxe na época, as cenas de estúdio não "arranham" nem um pouco o propósito do filme, uma vez que que é difícil não se encantar com a riqueza de detalhes nos cenários. Tudo num bom gosto que não se vê mais...
  3. Falando em Cenários, preste atenção, pois você irá identificar 03 cenas que correspondem a 03 momentos da Cinesérie Indyana Jones: A cena da fogueira no acampamento e o famoso bote amarelo (em o Templo da Perdição, Spielberg também lança mão dos mesmos recursos), a cena onde Harry Steele (Charlton Heston) com ajuda de "raios refletidos em peças arqueológicas" encontra o StarDust, o tal disco de ouro (alguém lembra de Harrison Ford e a maquete da cidade de Tânis??), e finalmente, a cena em que Harry Steele e Emma (Nicole Maurey... impossível não se apaixonar por ela...) fogem em um avião da polícia Peruana (A última Cruzada, sem a polícia peruana é claro!)
  4. PÔ... falando francamente... tem o CHARLTON HESTON... O cara foi nada mais, nada menos, que o BEN-HUR e MOISÉS no cinema... precisa falar mais???

O bacana de se assistir "O Segredo dos Incas" é conhecer o próprio Harry Steele... Um Indyana Jones cínico (Rsrsrss... essa vai para você André Luz...), mercenário, sarcástico e ao mesmo tempo durão, frio (mas nem tanto... lembra da Nicole? Então...) e, é claro, se amarra em história, desde que no final, ele saia lucrando com isso.

É difícil assistir e não ficar a todo momento comparando Harry com Indy. Mas podem ter certeza... vocês vão ficar espantados com as semelhanças...

Enfim, é o tipo de filme "Sessão da Tarde" de antigamente (e olha que não é demérito não, viu...!)

No final, tem-se a impressão de ter assistido a um "Préquel" de Indyana Jones, tamanha a preocupação com detalhes históricos, interpretações (Nicole Maury é de uma sensualidade misturada com aflição que torna-se impossível tirar os olhos dela) e a produção (caprichada para os padrões da época), mas fica um certo ar de nostalgia, principalmente sobre os rumos que a produção tomou...

O quero dizer que, quando o filme acaba, o que fica na lembrança do espectador são os monumentos da cidade revelados pelo luar em Macchu Picchu, no entanto, o instigante e astuto Harry Steele, com seu chapéu Fedora, sua velha jaqueta, tentando imprimir uma força inabalável ante os que o rodeiam (até mesmo saindo de uma situação e outra, como nas cenas do Hotel da cidade, onde existe uma alternância grande de "humores" entre as personagens, é no mínimo curioso acompanhar Harry Steele e seus "Hola, como que estás!"), mesmo assim, deixa transparecer uma angústia sobre o que realmente ele está buscando, se é sua identidade ou seu futuro.

Com todo o respeito, Harrison Ford... sou fã do Indyana Jones, sou mesmo... Mas o que Charlton Heston "emprestou" ao Harry Steele, é muito mais "estridente" que o o chicote StockWhip de tantas aventuras de Indy...

E digo mais... Indyana Jones finalmente encontrou um rival à sua altura (Vai de "retro" Lara Croft, Alan Quartemain, Jack Hunter e tantos outros...)!

E para finalizar... Quando o filme acaba, Macchu Picchu fica registrada na memória do espectador... já o esguio caçador de tesouros, com sua fala ríspida e olhar triste, no entanto, fala mais com a alma.

"O Segredo dos Incas"... Ricardo Gomes recomenda...

Boa Aventura!

terça-feira, 23 de março de 2010

COLEÇÃO CANAÃ

Saudações "Historiadores"...

Em breve aqui no BLOG, vou estar postando sobre mitologia e história em páginas separadas para ficar mais disposto e organizado, facilitando a leitura para vocês, ok?!

Em tempo: O colega de Faculdade, Felipe (Boa irmão!!!), deu uma dica sobre documentos (documentos mesmo, não é "textinho" não!) históricos que vão desde:


- OS CAPIXABAS HOLANDESES

- HISTÓRIA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

- VIAGEM DE D. PEDRO II AO ESPÍRITO SANTO

- COLÔNIAS IMPERIAIS NA TERRA DO CAFÉ

- VIAGEM À PROVÍNCIA DO ESPÍRITO SANTO

- DONATÁRIOS, COLONOS, ÍNDIOS E JESUÍTAS
(O início da colonozação do Espírito Santo)

- CATÁLOGO DE DOCUMENTOS MANUSCRITOS AVULSOS
DA CAPITANIA DOS PORTOS

- (Imperdível!!!) O NOVO ARRABALDE DE 1896

- O CÔNSUL REAL CARLO NAGAR EM VITÓRIA

- E MUITO MAIS...

Aproveitem! Segue o endereço abaixo! Até...


www.ape.es.gov.br/publicacoes.htm

domingo, 21 de março de 2010

Utilidade Pública prestes a acabar por desuso...

Saudações "Historiadores"...!

Uma bela biblioteca digital, desenvolvida em software livre, mas que está prestes a ser desativada por falta de acessos. Imaginem um lugar onde você pode gratuitamente:

Ver as grandes pinturas de Leonardo Da Vinci ;

Escutar músicas em MP3 de alta qualidade;

Ler obras de Machado de Assis Ou a Divina Comédia;

Ter acesso às melhores historinhas infantis e vídeos da TV ESCOLA
e muito mais....

Esse lugar existe!


O Ministério da Educação disponibiliza tudo isso,basta acessar o site: www.dominiopublico.gov.br


Estamos em vias de perder tudo isso, pois vão desativar o projeto por desuso, já que o número de acesso é muito pequeno. Vamos tentar reverter esta situação, divulgando e incentivando amigos, parentes e conhecidos, a utilizarem essa fantástica ferramenta de disseminação da cultura e do gosto pela leitura.

Divulguem para o máximo de pessoas!


sexta-feira, 19 de março de 2010

Civilização GREGA: Creta - história e mitos

Salve Historiadores!!!!! Quero dividir um pouco com vocês sobre a história e a cultura grega, ou seja, a história da civilização grega (A origem da Democracia e a Filosofia) e a sua mitologia que influencia até os dias atuais no que se refere ao fantástico, ao drama e é claro... aos Heróis. Então, iniciaremos sobre as origens da civilização Grega, dada a importância deste mundo, que para muitos, é dado como certo que a Europa nasceu em Creta. Uma ilha abençoada pelos deuses, onde Zeus uniu-se a bela Europa, um rei todo-poderoso e tirânico, um monstro preso num labirinto, esses elementos que constituem o mito de Teseu são praticamente os únicos que, desde o 1º milênio a.C, os antigos conhecem do passado mítico de Creta, cujos últimos palácios desapareceram no Século XIV a.C. Mal se recordam que, muito tempo antes, essa ilha era uma potência predominante no Meditêrraneo oriental.

Homero a classifica como "terra tão bonita quanto rica, isolada entre ondas, terra de inumeráveis homens, das 90 cidades cujas línguas se mesclam". Durante três milênios, a civilização cretense é conhecida apenas por lendas. No início do século XX, a história aparece como mito. Arqueólogos começam a se interessar por Creta. Os vestígios descobertos no sítio de Cnossos incitam um etnólogo inglês, Arthur Evans, a escavar sistematicamente o terreno que comprou. A descoberta dos vestígios de uma grande construção que ele julga ser o Palácio de Minos, a exumação de afrescos, de múltiplos objetos e placas de argila recobertas de escrita, revelam que uma civilização realmente brilhante exixtou em creta de 2000 a 1400 a.C.

Na falta de designação melhor, Evans a chama de "minoica". Desde essa descoberta fundamental, as escavações prosseguem em Cnossos e em outros sítios arqueológicos cretenses. Pouco a poucose reconstitui a história de Creta, o País onde aparece pela primeira vez uma civilização Européia. Evans restaurou as paredes do palácio e ornou suas salas com pinturas de cores cores vivas. Essas restituições, à luz de descobertas posteriores, são hoje muito controvertidas.



Foto do trono do Rei Minos de Creta(arquivo pessoal)









































Regiões do mundo grego antigo



No início do 2º milênio a.C, construídos os primeiros palácios monumentais situados dentro de aglomerações urbanas. É provável que o sistema palaciano cretense resulte de um processo que tem sua origem em Creta durante a "Fase do Bronze Antigo" (de 3000a 2000 a.C). Creta é dividida em grandes províncias, cada uma delas colocada sob dominação de um palácio (Cnossos, Malia, Faistos e Zaikros... perdoem-me se eu tiver esquecido algum, pessoal) Então, por volta de 1750 a 1700 a.C (aproximadamente), os primeiros palácios desapareceram brutalmente sem que haja provável atribuir essa destruição geral a um terremoto ou a invasões decorrentes de guerras.

A reconstrução dos palácios é imediata. É o início da segunda fase minoica, mais brilhante e mais elaborada que a anterior. Por volta de 1450 a.C, uma destruição total dos palácios ocorre de novo, tão misteriosa quanto a primeira. A maioria dos locais minoicos é abandonado, e micênicos, vindos do continente grego, ocupam a ilha. Contrariamente ao que se acreditava por muito tempo, a erupção do vulcão Thera (Hoje Santorim, suposta ATLÂNTIDA...vamos falar sobre issso em outra oportunidade...), remontando sem dúvida ao início do século XVI a.c, não tem nenhuma relação com o fim da civilização dos palácios cretenses.

Tirando proveito de sua situação privilegiada no mar Mediterrâneo, na encruzilhada de três continentes (Vide o mapa acima: Europa, Ásia e África), Creta comercializa com as cidades de Rodes (Aquela que no mundo antigo era possuídora de uma das 7 maravilhas: O COLOSSO DE RODES. Este fora destruído mais tarde, mas fica pára outro POST...) e Chipre e também com o Oriente. Enquanto os Egípcios, os Babilônios e os Assírios (Assuntos para próximos posts) fizeram fortuna em terra, os minoicos fundararam sua riqueza no mar.

Graças à sua importante frota, exportavam seus excedentes agrícolas e objetos manufaturados e importavam os metais de que necessitavam. Os historiadores gregos Heródoto e Tucídides evocam de maneira muito vaga uma "Talassocracia" (O que podemos considerar como Potência Marítima) cretense exercida pelo Rei Minos sobre o conjunto das cidades. Mas este termo é abusivo, pois nada permite afirmar que os cretenses conquistaram as ilhas do mar Egeu e nelas estabeleceram colônias. Eles se contetaram em controlar todo o comércio nessa parte do mar Meditêrraneo.

O QUE SÃO AS FAMOSAS "TABUINHAS" DA AULA DE "HISTÓRIA DAS SOCIEDADES CLÁSSICAS"?

Esta é para os amigos que compõem a famosa turma do 1º período de HISTÓRIA da Faculdade SABERES_Praia do Suá, Vitória_ES: Foram elas que permitiram resolver o enigma do rei MINOS! Explico: Antes de mais nada, é em Creta que a anotação escrita dos sons e das palavras aparece pela primeira vez na Europa. As placas encontradas nas escavações mostram que os cretenses utilizaram três tipos sucessivos de anotação na mesma língua. Do fim do 3º milênio a 1600 a.C, as inscrições consistem em hieróglifos derivados do sistema de escrita egípcio.

Na segunada época dos palácios (como mencionei acima), os escribas utilizam uma escrita chamada linear A, que ainda não foi decifrada. Depois aparece a linear B, contemporânea do incêndio do último palácio de Cnossos, que foi decifrada. Resconstituição artística do Palácio de Cnossos (Internet) (hoje em dia não é nem 10% do explendor da época)

As famosas "tabuinhas", ou, Placas Cretenses




Todas as placas cretenses são documentos administrativos relativos à coleta de impostos e à distribuição de alimentos. Elas permitiram também resolver o enigma do rei Minos. com efeito, todos os soberanos da segunda época são designados nas placas pelo termo "minos" que deve significar "rei" ou "dinastia". Esse termo genérico se tornou para os gregos o nome próprio do grande soberando que teve de enfrentar Teseu... Quem é Teseu??? Lhe respondo com outra pergunta... Quem foi o MINOTAURO??? Vamos recorrer à Mitologia, caro "Historiador", afinal, muito do que se sabe sobre os gregos, foi por assim dizer... "filtrado" da realidade do MITO...

Os gregos criaram vários mitos para poder passar mensagens para as pessoas e também com o objetivo de preservar a memória histórica de seu povo. Há três mil anos, não havia explicações científicas para grande parte dos fenômenos da natureza ou para os acontecimentos históricos. Portanto, para buscar um significado para os fatos políticos, econômicos e sociais, os gregos criaram uma série de histórias, de origem imaginativa, que eram transmitidas, principalmente, através da literatura oral. Grande parte destas lendas e mitos chegou até os dias de hoje e são importantes fontes de informações para entendermos a história da civilização da Grécia Antiga. São histórias riquíssimas em dados psicológicos, econômicos, materiais, artísticos, políticos e culturais.

ETENDENDO A MITOLOGIA GREGA

Os gregos antigos enxergavam vida em quase tudo que os cercavam, e buscavam explicações para tudo. A imaginação fértil deste povo criou personagens e figuras mitológicas das mais diversas. Heróis, deuses, ninfas, titãs e centauros habitavam o mundo material, influenciando em suas vidas. Bastava ler os sinais da natureza, para conseguir atingir seus objetivos. A pitonisa, espécie de sacerdotisa, era uma importante personagem neste contexto. Os gregos a consultavam em seus oráculos para saber sobre as coisas que estavam acontecendo e também sobre o futuro.

Quase sempre, a pitonisa buscava explicações mitológicas para tais acontecimentos. Agradar uma divindade era condição fundamental para atingir bons resultados na vida material. Um trabalhador do comércio, por exemplo, deveria deixar o deus Hermes sempre satisfeito, para conseguir bons resultados em seu trabalho.

Os alguns dos principais seres mitológicos da Grécia Antiga eram :

Os Heróis : seres mortais, filhos de deuses com seres humanos. Exemplos : Herácles ou Hércules e Aquiles.

Ninfas : seres femininos que habitavam os campos e bosques, levando alegria e felicidade.

Sátiros : figura com corpo de homem, chifres e patas de bode.

Centauros : corpo formado por uma metade de homem e outra de cavalo.

Sereias : mulheres com metade do corpo de peixe, atraíam os marinheiros com seus cantos atraentes.

Górgonas : mulheres, espécies de monstros, com cabelos de serpentes. Exemplo: Medusa

Quimeras : mistura de leão e cabra, soltavam fogo pelas ventas.

E os deuses gregos?
De acordo com o gregos, os deuses habitavam o topo do Monte Olimpo, principal montanha da Grécia Antiga. Deste local, comandavam o trabalho e as relações sociais e políticas dos seres humanos. Os deuses gregos eram imortais, porém possuíam características de seres humanos. Ciúmes, inveja, traição e violência também eram características encontradas no Olimpo. Muitas vezes, apaixonavam-se por mortais e acabavam tendo filhos com estes. Desta união entre deuses e mortais surgiam os heróis.
























Neste Post, vamos apenas nos ater ao mito de TESEU E O MINOTAURO.
Em outra oportunidade vamos acompanhar a origem dos deuses gregos e o fantástico mundo da mitologia grega.

Estamos em Creta... Quando marinheiros que trabalham no cais de Cnossos veem aparecer no horizonte uma embarcação de "velas negras", se apressam em prevenir os habitantes da cidade, que se precipitam para o porto. Todos, com efeito, sabem que se trata do navio que vem entregar ao rei de Creta, Minos, os reféns atenienses. Minos é um dos soberanos mais poderosos da mitologia grega. Tem por mãe a princesa originário de Tiro, Europa, que Zeus, sob forma de touro branco, seduziu e carregou em seus ombros até a costa de Creta. Minos herdou de seu divino pai uma sabedoria excepcional. Foi ele quem deu a seu povo leis diretamente inspiradas em Zeus e fez dos cretenses um povo civilizado.

Minos é também um rei autoritário e implacável. Um de seus filhos, Androgeu, vindo a Atenas para participar dos Jogos Antenienses, é assassinado provavelmente por ordem de Egeu (Guarde este nome), rei de Atenas. Para vingar sua morte, Minos exige que todos os anos, os atenienses lhe enviem um tributo constituído de sete rapazes e sete moças. Ao chegarem em Cnossos, são encerrados no LABIRINTO (edifício extraordinário imaginado pelo arquiteto Dédalo), de tal modo que é impossível sair dele. Entretanto, os meandros do Labirinto e seus corredores traçados como armadilhas conduzem ao antro do... Minotauro!

Esse montro híbrido, com corpo de homem e cabeça de touro, é fruto dos amores contra a natureza da mulher de Minos, Pasifé, e de um touro que o deus do mar, Posídon (Ou Netuno e/ou Posêidon), deu à Creta. Este Touro Branco era vistoso e exótico, assim, quando Posídon exigiu como oferenda o mesmo Touro Branco, Minos optou em enganá-lo, sacrificando um animal comum. Ofendido com Minos, Posídon faz com que Pasifé nutra um desejo carnal com o bovino. Assim, com o passar dos anos, escondido no fundo do Labirinto, o Minotauro vigia os jovens reféns para devorá-los.



labirinto




Minotauro






Quando Atenas, pela 3ª vez, deve pagar seu tributo, Teseu, filho do rei Egeu (olha ele aí de novo, gravem esse nome), se apresenta como voluntário para fazer parte dos reféns. Promete ao seu pai que vai matar o Minotauro e, desse modo, libertar Atenas do "funesto" tributo expiatório.
Teseu tem, como Héracles (mais conhecido como Hércules na versão romana)a particularidade de ter "dois" pais: um deus (ZEUS/JÚPITER - no caso de Hércules e POSÍDON/NETUNO em se tratando de Teseu) e um mortal. Além disso, tem a ambição de igualar as proezas de Héracles, para gozar de uma fama tão grande como a dele.

Assim, começa sua carreira heróica exterminando forças monstruosas. Libertou os habitantes de Ática (vide o mapa acima) matando muitos criminosos temidos. Matar o minotauro seria para ele o auge de suas proezas salvadoras. Teseu é também um herói leviano, sempre pronto a seduzir as mulheres, mas igualmente pronto a abandoná-las. Com muito esforço, Teseu consegue convencer seu pai, que teme enviar seu filho à morte. No momento em que o navio enviado por Minos para levar os reféns (E que traz, em sinal de luto, Velas Negras) aporta em Creta, Egeu faz o piloto prometer que, na volta, vai içar velas brancas se Teseu tiver conseguido vencer o Minotauro.

Na chegada do navio cretense ao porto de Cnossos, entre os habitantes reunidos para assistir ao desembraque, encontra-se a própria filha de Minos, Ariadne. (Ah, Coitada...!) À vista de Teseu, a princesa se sente imediatamente colhida por uma violenta paixão por ele. Em troca de uma promessa de casamento, dá ao herói um novelo de linha, segurando em sua mão uma das pontas do fio. Teseu avança no labirinto, desenrolando o novelo. Já no meio da construção de Dédalo, eis que chegando à presença do Minotauro, o herói o mata a socos. Depois, graças ao fio de Ariadne, consegue reencontrar o caminho que o leva para fora.

Imediatamente faz embarcar todos os seus companheiros em seu navio. Por medida de precaução, fende o casco de outros navios cretenses para impedí-los de seguir a seu encalço. (O "cara" era bom, hein?!) O regresso triunfal de Teseu a Atenas é marcado por dois episódios. Ariadne, que fazia parte da viagem, é abandonada por teseu por ocasião de uma escala na ilha de Naxos. (Tá aí o porquê do "AH, coitada"...). Dionísio (ou Baco na versão romana) de passagem pela ilha, a recolherá e fará dela sua esposa. Mais tarde, à vista das costas da Ática, a alegria é tamanha no navio que o "besta" do piloto esquece de trocar as velas.

Egeu, que vigia o regresso do navio, vê as velas negras e acredita que o Minotauro matou seu filho. desesperado, lança-se no mar, que leva daí em diante seu nome. (Mar Egeu, entendeu?!) Teseu, saudado pelos atenienses como benfeitor e libertador, sucede a seu pai. Ele confedera todas as cidades da Ática à autoridade de Atenas. Até o século IV a.C, os atenienses veneravam uma embarcação aracaica que teria sido quela expedição para Creta. Teseu tem a particularidade de ser para os gregos ao mesmo tempo um herói mitológico e um personagem histórico, além de ser considerado o fundador do estado Ateniense. Ficamos por aqui, amigos... mas continuaremos com a história e a mitologia Grega mais adiante!


OBS: Em tempo, para os saudosistas, "trechinho" do capítulo "O Minotauro" do programa "Sítio do Pica-pau Amarelo" logo abaixo...

quinta-feira, 18 de março de 2010

"Ngoma Lungudu" - Seria os restos da Arca da Aliança...? NÃO CREIO!

Olá de novo Historiadores... O trabalho e a correria com a Faculdade quase não me dão tempo para postar, mas em breve estarei editando muitas matérias interessantes que separei especialmente para o Brasil Raiders...
Enquanto isso, recebi um e-mail de um amigo sobre uma matéria relacionada com a Arca da Aliança. De acordo com o que "temos" até agora de Search realizada, nos dá como referência a Etiópia, mas, surge o pesquisador Uther Eckhart, que ao longo de seus 20 anos na República de Zimbabwe (África), conduziu pesquisas (Incluindo DNA com o povo da República) que sugerem que além da descendência com os clérigos que vieram de Israel trazendo a Arca, o objeto encontrado e exposto no museu da capital, o Ngoma Lungudu, trata-se da referida peça sagrada...
Ao meu ver, prefiro juntar minha opinião com a do Curador do museu que prefere aguardar mais resultados sobre os testes realizados com o artefato, até porque não faz muito sentido, pois sabe-se que Monges que vivem em uma das montanhas da ilha de Tana Kirkos, na região da Etiópia, posuem a indumentária sacra e todos os outros artefatos que compõe a cerimônia do Tabernáculo onde repousaria a Arca, bem como maior acervo de informações (arquivo físico) com embasamento histórico e científico. Porém, a busca pode realmente não ter fundamento, uma vez que a Bíblia em Apocalipse 11:19 relata que a Arca não está mais entre nós, pois seu uso não tinha mais serventia ,uma vez que, por Jesus Cristo, o acesso dos homens a JEOVÁ está aberto e ilimitado...

Assista o vídeo pelo link abaixo:
Arca da Aliança na África
Arca da Aliança na África

terça-feira, 9 de março de 2010

IMPÉRIO ROMANO - Uma Breve Explanação

"Curta-História"

As crises que o Império dos Césares enfrentaram culminando nas marcantes invasões bárbaras e de Átila, o Huno.

"Um vídeo bem bacana do Professor TOID com uma breve Explanação sobre a Queda do Império Romano..."